Todos os dias, centenas de milhares de pessoas, conectadas na Internet passam o dia escrevendo na Wikipedia, fazendo resenhas de livros na Amazon, publicando fotos no Flickr, postando vídeos no Youtube e pesquisando comunidades e fazendo apresentações no Orkut e Facebook respectivamente.
Outros, escrevem comentários, dão dicas de assuntos, emitem opiniões em blogs, na luta incansável de sentirem-se PARTE INTEGRANTE e MODIFICADOR do processo de comunicação. Bom, em termos gerais, trata-se da chamada era da web 2.0. E antes, como era? De forma bem simples, podemos dizerque acessávamos sites, portais, ouvíamos músicas apenas como CONSUMIDORES de informação e não como COLABORADORES. Erámos agentes PASSIVOS do processo de comunicação.
O termo 2.0 foi definido por Tim O'Reill em 2004, que apontava para a mudança de modelo de comunicação E-M-R, para R-M-E. Sendo sempre o MEIO, a Internet. E segundo Reill, seria ela (hoje nós sabemos que é) a grande protagonista dessa transformação. E por que se deu? Bom, parece simplório.Mas a Internet (mesmo com diferenças abissais de condições sócio-ecônomicas entre países e classes de um mesmo país) é a mídia que mais interage com a fonte (source) ou o EMISSOR. Mais. Na verdade ela APAGA tais marcas. Hoje não sabemos quem emite e quem recebe uma informação tamanha a interatividade.
Os programas citados anteriormente estão em contínuo processo de evolução. Outra marca da web 2.0. Os aplicativos tornam-se melhores a medida que mais pessoas os utilizam. Trata-se de uma inteligência coletiva. Entretanto, reside nesse ponto o primeiro problema: CONCENTRAÇÃO ECONÔMICA. É uma liberdade de interação e participação ilusória. Vejamos alguns exemplos. O orkut pertence agora ao Google. E agora, para participar da rede é preciso ter conta no Google, possuir um @gmail. O mesmo ocorreu com o site de vídeos do Youtube. Ok, ainda é gratuito. Mas o que me interessa é o fim da minha LIBERDADE de escolha. Ou seja,escrever na wikipedia dá uma falsa sensação de ser livre e ativo no processo de democratização das informações.
Penso ainda que o computador logo deixará (em muitos casos já deixou) deser o agente que possibilita a comunicação e uso dos aplicativos web 2.0. Novos celulares e outros equipamentos irão cada vez mais tornar PORTÁTIL e INSTANTÂNEA a comunicação.
Outro problema que tais mudanças irão acarretar (já acarretam) é a coleta coletiva de dados, a esfera privada, com a Internet tende a desaparecer. Todos sabem tudo de todos ao mesmo tempo, acessam dados, veêm o que procuram, os sites que pesquisam, tudo com um interesse econômico por detrás. Não sou um tecnossauro, mas estou longe de ser um tecnorosa. Na verdade, sinto-me cada vez mais perto do Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley.
Outros, escrevem comentários, dão dicas de assuntos, emitem opiniões em blogs, na luta incansável de sentirem-se PARTE INTEGRANTE e MODIFICADOR do processo de comunicação. Bom, em termos gerais, trata-se da chamada era da web 2.0. E antes, como era? De forma bem simples, podemos dizerque acessávamos sites, portais, ouvíamos músicas apenas como CONSUMIDORES de informação e não como COLABORADORES. Erámos agentes PASSIVOS do processo de comunicação.
O termo 2.0 foi definido por Tim O'Reill em 2004, que apontava para a mudança de modelo de comunicação E-M-R, para R-M-E. Sendo sempre o MEIO, a Internet. E segundo Reill, seria ela (hoje nós sabemos que é) a grande protagonista dessa transformação. E por que se deu? Bom, parece simplório.Mas a Internet (mesmo com diferenças abissais de condições sócio-ecônomicas entre países e classes de um mesmo país) é a mídia que mais interage com a fonte (source) ou o EMISSOR. Mais. Na verdade ela APAGA tais marcas. Hoje não sabemos quem emite e quem recebe uma informação tamanha a interatividade.
Os programas citados anteriormente estão em contínuo processo de evolução. Outra marca da web 2.0. Os aplicativos tornam-se melhores a medida que mais pessoas os utilizam. Trata-se de uma inteligência coletiva. Entretanto, reside nesse ponto o primeiro problema: CONCENTRAÇÃO ECONÔMICA. É uma liberdade de interação e participação ilusória. Vejamos alguns exemplos. O orkut pertence agora ao Google. E agora, para participar da rede é preciso ter conta no Google, possuir um @gmail. O mesmo ocorreu com o site de vídeos do Youtube. Ok, ainda é gratuito. Mas o que me interessa é o fim da minha LIBERDADE de escolha. Ou seja,escrever na wikipedia dá uma falsa sensação de ser livre e ativo no processo de democratização das informações.
Penso ainda que o computador logo deixará (em muitos casos já deixou) deser o agente que possibilita a comunicação e uso dos aplicativos web 2.0. Novos celulares e outros equipamentos irão cada vez mais tornar PORTÁTIL e INSTANTÂNEA a comunicação.
Outro problema que tais mudanças irão acarretar (já acarretam) é a coleta coletiva de dados, a esfera privada, com a Internet tende a desaparecer. Todos sabem tudo de todos ao mesmo tempo, acessam dados, veêm o que procuram, os sites que pesquisam, tudo com um interesse econômico por detrás. Não sou um tecnossauro, mas estou longe de ser um tecnorosa. Na verdade, sinto-me cada vez mais perto do Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley.
Um comentário:
Oi,
Belo post, em especial o teu último paragrafo. A questão da privacidade é um tema que precisa ser muito discutido, porque há um monte de idéias equivocadas circulando por ai e também muito preconceito alimentado por valores antigos. Temos que nos convencer que estamos morando numa sociedade de vidro, onde tudo é transparente. Temos que nos acostumar com isto e desenvolver novos valores, como por exemplo, a ética de não bisbilhotar a via alheia, mesmo sabendo que isto é possivel na Web.
Mas falamos disto noutra ocasião
Castilho
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